Esse trabalho é
fruto de uma inquietação crescente vivida durante a experiência como bolsista
no PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, no período
compreendido de 2012 a
2013. Este projeto é financiado pela CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior, concedeu às acadêmicas de licenciatura do curso de
Pedagogia, inserção e participação no âmbito escolar. O subprojeto do curso de
Pedagogia neste programa foi intitulado como Letramento Digital. Por meio de
propostas pedagógicas, muitas atividades foram desenvolvidas com a finalidade
de apresentar sugestões para trabalhar com textos no laboratório de
informática.
Para Anderi e Silva
(2010) a sociedade moderna exige mudanças: Estar informado implica,
particularmente, o domínio dessas tecnologias, o que, por sua vez, implica em fazer
uso da leitura. Com o surgimento das novas tecnologias da informação e
comunicação, esse excesso de informação exige uma nova postura do corpo
docente, mudança e olhar diferente sobre a sociedade atual. No nosso cotidiano,
percebemos a alta velocidade de atualização da informação no meio digital, esse
mundo que está sofrendo modificação e transformação a cada momento.
Para Carniello e Anderi
(2010) as crianças e jovens interagem o tempo todo com as novas tecnologias,
sem apresentar nenhuma dificuldade para lidar com elas, assim são denominados
como os “Nativos Digitais” que comunicam-se com várias pessoas ao mesmo tempo e
executam simultaneamente muitas outras tarefas. Ter o contato com a informação,
saber lidar com esses instrumentos digitais, não significa que essa criança e
jovem saiba utilizar de forma adequada às novas tecnologias, isto é, segundo Anderi
e Silva (2010), posicionar-se criticamente diante da informação, pois isto
exige, além do domínio da tecnologia da leitura e da escrita, a produção de
sentido e a construção de conhecimento.
Segundo Soares (2002),
o letramento digital está relacionado com o estado e a condição do sujeito que
está diariamente em contato com as novas tecnologias digitais. O indivíduo
exerce sua prática de leitura e escrita na tela, possibilita a interação entre
escritor e leitor, leitor e texto e até mesmo, mais amplamente, entre o ser
humano e o conhecimento. Assim afirma que o usuário que faz uso das novas
tecnologias digitais, “[...] exercem práticas de leitura e escrita na tela,
diferente do estado ou condição – do letramento – dos que exercem práticas de
leitura e de escrita no papel.” (2002 apud ANDERI; SILVA, p.40).
Sabe-se que o uso
das novas tecnologias educacionais vêm provocando alterações significativas nos
modos sociais e culturais dos agentes educativos. Tais transformações ocorrem,
principalmente, em função da presença das mídias digitais em ambientes sociais
variados, inclusive em instituições escolares. Um dos principais problemas na
Educação no momento atual é a dificuldade que os educandos têm de ler e
produzir textos. Compreender a aquisição do conhecimento sem
o domínio da leitura, é uma tarefa praticamente impossível,
tendo em vista que por meio dessa atividade, o aluno tem acesso a todas
as áreas do conhecimento.
A sociedade
contemporânea, exige mudanças e a escola não pode ficar de fora, aliás, as
novas tecnologias da informação e comunicação devem estar presentes. Segundo Soares
(2002), o Letramento Digital é um tema novo, reafirma que: “Letramento é
palavra recém-chegada ao vocabulário da Educação e das Ciências Linguística”
(SOARES.2002, p.15). Com o surgimento das novas tecnologias da informação e
comunicação, esse excesso de informação exige uma nova postura do corpo
docente, mudança e olhar diferente sobre a sociedade contemporânea.
Esse assunto
despertou-me curiosidade desde o momento que foi apresentado no subprojeto
Pedagogia do PIBID. Durante a elaboração deste projeto de pesquisa, algumas
perguntas foram feitas: O que é letramento? E consequentemente: Como devo
trabalhar com o letramento digital? Por que a sociedade contemporânea adota
esse novo termo, Letramento Digital? Inúmeras perguntas foram feitas sobre o
referido tema.
Para Soares (2002),
o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e
escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e escrita e responde
adequadamente às demandas sociais de leitura e de escrita. Isto é, o Letramento
surgiu devido à uma necessidade maior. A sociedade da era digital está vivendo
um momento que envolve diversas tecnologias da informação e conhecimento, então
é tempo de dar um novo significado ao letramento, é tempo de mudança na qual o
individuo está incluído e tem acesso à leitura e escrita.
Para Anderi e Silva
(2009), os leitores-navegadores ou os jovens internautas da sociedade moderna,
apropriam-se do mundo escrito, trocam e compartilham informação por meio de um
novo tipo de suporte, o eletrônico. As tecnologias da informação e comunicação
trazem novas formas de leitura e de leitor.
A utilização das
novas tecnologias aborda a inclusão digital como ação social. É um fenômeno que
está sendo analisado e pesquisado, para ser incluído e utilizado de maneira
adequada em uma sociedade. A previsão é de que pode passar por um processo de
mudanças na educação, ou seja, é possível desenvolver o hábito de leitura e
escrita com a utilização de novas ferramentas digitais.
O presente trabalho
se propõe a analisar o Projeto Letramento Digital que foi desenvolvido pela
equipe do PIBID na Escola Municipal João Luiz de Oliveira situada, no bairro
Cidade Jardim na Av. Faiad Hanna, próximo ao Terminal Rodoviário de Anápolis
– Goiás, a partir de análises dos
relatórios e de propostas das atividades desenvolvidas com as crianças do 3º
ano e 4º ano do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais, do turno matutino,
durante o ano de 2013, bem como a percepção das professoras regentes das turmas
em questão.
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