sexta-feira, 2 de maio de 2014

PROBLEMATIZAÇÃO E OBJETIVOS

Objetivo Geral

PROBLEMATIZAÇÃO (GERAL)
OBJETIVO GERAL
Como as crianças da E.M.J.L.O. desenvolveram a leitura e escrita utilizando recursos do Letramento Digital durante a experiência do PIBID?

Explicar como as crianças da E.M.J.L.O. desenvolveram a leitura e escrita utilizando recursos do Letramento Digital durante a experiência do PIBID.


Objetivos específicos

PROBLEMATIZAÇÕES (ESPECÍFICAS)
OBJETIVOS ESPECIFICOS
O que é Letramento Digital?
Explicar o que é Letramento Digital.

Quais possibilidades de utilização dos recursos de Letramento Digital na Escola Municipal João Luiz de Oliveira?
Identificar as possibilidades de utilização dos recursos de Letramento Digital na Escola Municipal João Luiz de Oliveira.

Qual a proposta de trabalho do PIBID com o Letramento Digital na Escola Municipal João Luiz de Oliveira?

Relatar a proposta de trabalho do PIBID com o Letramento Digital na Escola Municipal João Luiz de Oliveira.
Qual a reação do professores diante da proposta de trabalho do Letramento Digital durante a experiência do PIBID?
Analisar a reação do professores diante da proposta de trabalho do Letramento Digital durante a experiência do PIBID.

Como os estudantes da Escola Municipal João Luiz de Oliveira reagiram durante a proposta do PIBID envolvendo a leitura e escrita por meio do computador?

Explicar os estudantes da Escola Municipal João Luiz de Oliveira reagiram durante a proposta do PIBID envolvendo a leitura e escrita por meio do computador.



Processo de pesquisa sobre Letramento Digital

Esse trabalho é fruto de uma inquietação crescente vivida durante a experiência como bolsista no PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, no período compreendido de 2012 a 2013. Este projeto é financiado pela CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, concedeu às acadêmicas de licenciatura do curso de Pedagogia, inserção e participação no âmbito escolar. O subprojeto do curso de Pedagogia neste programa foi intitulado como Letramento Digital. Por meio de propostas pedagógicas, muitas atividades foram desenvolvidas com a finalidade de apresentar sugestões para trabalhar com textos no laboratório de informática.
Para Anderi e Silva (2010) a sociedade moderna exige mudanças: Estar informado implica, particularmente, o domínio dessas tecnologias, o que, por sua vez, implica em fazer uso da leitura. Com o surgimento das novas tecnologias da informação e comunicação, esse excesso de informação exige uma nova postura do corpo docente, mudança e olhar diferente sobre a sociedade atual. No nosso cotidiano, percebemos a alta velocidade de atualização da informação no meio digital, esse mundo que está sofrendo modificação e transformação a cada momento.
Para Carniello e Anderi (2010) as crianças e jovens interagem o tempo todo com as novas tecnologias, sem apresentar nenhuma dificuldade para lidar com elas, assim são denominados como os “Nativos Digitais” que comunicam-se com várias pessoas ao mesmo tempo e executam simultaneamente muitas outras tarefas. Ter o contato com a informação, saber lidar com esses instrumentos digitais, não significa que essa criança e jovem saiba utilizar de forma adequada às novas tecnologias, isto é, segundo Anderi e Silva (2010), posicionar-se criticamente diante da informação, pois isto exige, além do domínio da tecnologia da leitura e da escrita, a produção de sentido e a construção de conhecimento.
Segundo Soares (2002), o letramento digital está relacionado com o estado e a condição do sujeito que está diariamente em contato com as novas tecnologias digitais. O indivíduo exerce sua prática de leitura e escrita na tela, possibilita a interação entre escritor e leitor, leitor e texto e até mesmo, mais amplamente, entre o ser humano e o conhecimento. Assim afirma que o usuário que faz uso das novas tecnologias digitais, “[...] exercem práticas de leitura e escrita na tela, diferente do estado ou condição – do letramento – dos que exercem práticas de leitura e de escrita no papel.” (2002 apud ANDERI; SILVA, p.40).
Sabe-se que o uso das novas tecnologias educacionais vêm provocando alterações significativas nos modos sociais e culturais dos agentes educativos. Tais transformações ocorrem, principalmente, em função da presença das mídias digitais em ambientes sociais variados, inclusive em instituições escolares. Um dos principais problemas na Educação no momento atual é a dificuldade que os educandos têm de ler e produzir textos. Compreender a aquisição do conhecimento sem o domínio da leitura, é uma tarefa praticamente impossível, tendo em vista que por meio dessa atividade, o aluno tem acesso a todas as áreas do conhecimento.
A sociedade contemporânea, exige mudanças e a escola não pode ficar de fora, aliás, as novas tecnologias da informação e comunicação devem estar presentes. Segundo Soares (2002), o Letramento Digital é um tema novo, reafirma que: “Letramento é palavra recém-chegada ao vocabulário da Educação e das Ciências Linguística” (SOARES.2002, p.15). Com o surgimento das novas tecnologias da informação e comunicação, esse excesso de informação exige uma nova postura do corpo docente, mudança e olhar diferente sobre a sociedade contemporânea.
Esse assunto despertou-me curiosidade desde o momento que foi apresentado no subprojeto Pedagogia do PIBID. Durante a elaboração deste projeto de pesquisa, algumas perguntas foram feitas: O que é letramento? E consequentemente: Como devo trabalhar com o letramento digital? Por que a sociedade contemporânea adota esse novo termo, Letramento Digital? Inúmeras perguntas foram feitas sobre o referido tema.
Para Soares (2002), o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e escrita e responde adequadamente às demandas sociais de leitura e de escrita. Isto é, o Letramento surgiu devido à uma necessidade maior. A sociedade da era digital está vivendo um momento que envolve diversas tecnologias da informação e conhecimento, então é tempo de dar um novo significado ao letramento, é tempo de mudança na qual o individuo está incluído e tem acesso à leitura e escrita.
Para Anderi e Silva (2009), os leitores-navegadores ou os jovens internautas da sociedade moderna, apropriam-se do mundo escrito, trocam e compartilham informação por meio de um novo tipo de suporte, o eletrônico. As tecnologias da informação e comunicação trazem novas formas de leitura e de leitor.
A utilização das novas tecnologias aborda a inclusão digital como ação social. É um fenômeno que está sendo analisado e pesquisado, para ser incluído e utilizado de maneira adequada em uma sociedade. A previsão é de que pode passar por um processo de mudanças na educação, ou seja, é possível desenvolver o hábito de leitura e escrita com a utilização de novas ferramentas digitais.

O presente trabalho se propõe a analisar o Projeto Letramento Digital que foi desenvolvido pela equipe do PIBID na Escola Municipal João Luiz de Oliveira situada, no bairro Cidade Jardim na Av. Faiad Hanna, próximo ao Terminal Rodoviário de Anápolis –  Goiás, a partir de análises dos relatórios e de propostas das atividades desenvolvidas com as crianças do 3º ano e 4º ano do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais, do turno matutino, durante o ano de 2013, bem como a percepção das professoras regentes das turmas em questão. 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Fichamento - O processo de leitura escolar e o uso da tecnologia - Leitura na tela: da mesmice à inovação



ROSA, Inez R. O processo de leitura escolar e o uso da tecnologia. In:TOSCHI, Mirza Seabra et al (orgs.). Leitura na tela: da mesmice à inovação. Goiânia: Associação Brasileira das Editoras Universitárias, 2010, p. 61-71.

Neste capítulo, apresenta a pesquisa Leitura na Tela, trouxe algumas descobertas acerca do uso do computador nas escolas públicas de Goiás – particularmente na cidade de Anápolis – realizado pelos professores e alunos. A pesquisa, sob a coordenação da Profª. Drª. Mirza Seabra Toschi foi desenvolvida com apoio financeiro do CNPq, pertence à Rede de Pesquisa Educativa (Reducativa, ela tem o objetivo de investir na formação de competência no uso pedagógico da internet e mídias, na perspectiva de qualifica-lo.), composta pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), Unievangélica – Centro Universitário de Anápolis e Secretaria de Educação de Goiás.
A pesquisa integrou vinte e cinco (25), escolas de oito cidades do estado de Goiás. Em Anápolis, foram visitadas nove escolas. Mas aqui relata, apenas fatos e reflexão de duas escolas distintas, localizada longe do Centro da cidade, o objetivo da pesquisa é a inclusão de jovens e crianças ao mundo da leitura e escrita.
Segundo Rosa, nessa pesquisa descobriu que professores e alunos, ao utilizar o computador no laboratório de informática havia diversos problemas em relação a isso, primeiro a manutenção precária das máquinas, deficiência da internet, tempo insuficiente para ministrar aulas, foram alguns problemas apresentados durante o período de pesquisa.
Para Rosa, “A leitura está presente em todas as relações sociais dos seres humanos, apresentando-se como técnica e como prática que não pode se limitar à decodificação dos signos escritos [...]” (ROSA, 2010, p. 62). Assim ressalta também que: “Ler é apreender sentidos e transformá-los a partir de suas convicções, seus valores, seu conhecimento e sua cultura social acerca do que está escrito. ” (ROSA, 2010, p. 62). Isso significa, que os sentido é algo significativo e contextualizado com a realidade dessa criança, o  objetivo é levar a refletir é buscar sugestão para resolver problemas reais.
Nesse sentido, é importante o aluno ter o contato com algum gênero literário para interagir, “[...] com o texto e produzir significados conforme sua bagagem sociocultural [...]” (ROSA, 2010, p. 63). Através do conhecimento prévio da criança possibilitar o conhecimento dos gêneros literários. Segunda a autora, para fazer uma leitura é necessário adotar um conjunto de habilidades e comportamentos, assim acrescenta que, “[...] tem sido constante a preocupação de educadores e pesquisadores acerca da leitura e de suas práticas em sala de aula, que têm causado desmotivação e desinteresse por parte dos alunos” (ROSA, 2010, p. 63). O que leva a crer, que geralmente essas aulas é cansativas e insignificativa para o estudante.
Para autora ela afirma que, a sua  pesquisa está relacionada ao estudo que “[...] trata da leitura com uma atividade significativa para a vida social e cultural e, ao mesmo tempo, correlacionada aos conhecimentos anteriores do leitor, num constante diálogo do texto com ideias, imagens e reapresentações própria do seu universo.” (ROSA, 2010, p. 63). Essa contextualidade é significativa, porque faz parte da vida das crianças e jovens, assim possibilitando o pensamento reflexível e soluções para interpretação do texto e problemas. Então segundo a autora, o texto deve representar uma realidade para o estudante, isto é, seja algo significativo e desperte o interesse desse sujeito para refletir sobre assunto, dialogar e buscar soluções para resolver o problema. Assim acreditou Rosa: “O leito pode, portanto, edificar sua aprendizagem como conhecimento, partindo das significações do texto lido e de seus conhecimentos previamente desenvolvidos.” (ROSA, 2010, p. 63). Para Koch e Elias afirma que: é fundamental a “atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos.” (2006 apud ROSA, p.63).
Viabilizando uma educação que promova leitores ativos, que interaja com os textos, “[...] que se realiza evidentemente com base nos elementos linguísticos presente na superfície textual e na forma de organização, mas requer a modificação de um vasto conjunto de saberes no interior do evento comunicativo.” (ROSA, 2010, p. 63-64).














Fichamento - Uma experiência de formação de professores no uso do computador e da internet - Leitura na tela: da mesmice à inovação

CARNIELLO, L. B. C.; ANDERI, E. G. C. da. Uma experiência de formação de professores no uso do computador e da internet. In:TOSCHI, Mirza Seabra et al (orgs.). Leitura na tela: da mesmice à inovação. Goiânia: Associação Brasileira das Editoras Universitárias, 2010, p. 73-82



Para essas autoras, é importante se preocupar com a formação de professores em relação ao uso do computador e da internet, no mesmo texto, aborda questão sobre as novas tecnologias e a inclusão digital, leva a refletir sobre a chegada das novas tecnologias no ambiente escolar, por sua vez, a necessidade de preparar o corpo docente para trabalhar com essas tecnologias, e o perfil do sujeito aluno que estar cada vez mais conectados.
Para as autoras, as novas tecnologias são considerada “Já não mais uma questão de simplesmente aceitá-las ou não, pois, dependendo da escolha para esta questão, podemos estar nos auto-excluindo de um mundo cada vez mais conectados”. (2010, p. 73).
No nosso cotidiano, percebemos a alta velocidade de atualização e informação no meio digital, esse mundo que está sofrendo modificação e transformação a cada momento, depende de alguns minutos para tudo se incorporar à nova realidade. As crianças e jovens, os denominados como Nativos Digitais:
“Os Nativos Digitais comunicam-se com várias pessoas ao mesmo tempo e sobre vários assuntos, além de executarem simultaneamente muitas outras tarefas, como baixar um vídeo da internet, ouvir música e atualizar seu perfil em rede social enquanto enviam um e-mail a amigos que estão em diferentes partes do mundo.” (2010, p. 74).

É importante entender, que para as crianças e jovens esse fenômeno de adquirir informação o tempo todo está sendo muito natural, eles já sabem lidar com essa alta velocidade de informação, esse tipo de letramento já possibilita a comunicação e interação. Assim podemos compreender, que esses Nativos Digitais realizam simultaneamente diversas tarefas, mas é fundamental entender, esse conjunto de habilidade e de fenômenos, isto é, a capacidade de localizar, organizar, compreender, avaliar e analisar informação usando a tecnologia digital.
No entanto, o uso do computador na escola ainda é um desafio para muitos professores, já que eles não tiveram uma formação adequada para utilizá-las de maneira que possibilita o ensino-aprendizagem. Para essas autoras: “O professor deixa de ser o eixo central, o único possuidor de conhecimento, e passa a ensinar os seus alunos o processo de aprendizagem na rede [...]” (2010, p. 74). Em função disso, o professor deverá adotar um novo perfil, deixando de ser um mero reprodutor, para tornar-se um mediador, ministrar aulas em diversos ambientes escolares, e despertar no aluno a contradição, ou seja, a visão critica para analisar uma informação.
Diante disso, o processo de filtragem da informação é mediada pelo professor, nesse capítulo as autoras, ressaltam que: “[...] recebe informação, filtra-las e absorvê-las, para então construir satisfatoriamente conhecimento aplicáveis no cotidiano escolar e na própria formação do indivíduo.” (2010, p. 74). Em virtude desta necessidade, é fundamental uma formação continuada para os professores, para refletir sobre sua prática além de propiciar subsídios para articular, de maneira significativa e favoreça o ensino-aprendizagem.
Estamos vivendo em duas realidades, a primeira realidade é que nossas crianças e jovens vivem conectados a internet o dia todo, vivendo nesse mundo digital e circulando diversas páginas e aplicativos fascinantes de ações simultâneas. Agora partindo para outra realidade, quando esses alunos chegam à escola percebe-se um distanciamento da sua outra realidade, a maioria das vezes, as cadeiras são enfileiradas, um quadro, um professor, pedaço de giz e em alguns caso em laboratório de informática, mas apresenta algumas limitações falta de internet, falta de pessoas com formação necessária para lidar com as novas tecnologias da comunicação e informação.
É preciso tomar medida em relação a essa questão, para que o conhecimento tecnológico seja difundido nas escolas publicas do Brasil. O ideal é que essa articulação passa assim: “[...] deixando de ser privilégio de poucos e passando a fluir com naturalidade em todo ambiente escolar [...]” (2010, p. 74). É importante e necessário a construção de ambiente multimeios para haver diversificação das aulas, uma equipe gestora com uma visão tecnológica e especialmente os funcionários da escola, os professores deve estar capacitados e preparados para trabalhar com as mídias.
A escola é uma educação formal, mas existe também fora da escola a educação informal e não formal, Assim pode ser concluído que “[...] a realidade de nossos alunos não possuem a escola como única fonte de informação há muito tempo.” (2010, p. 75). Na Era Digital, grande parte dos alunos chegam a escola com uma vasta bagagem que foi construída durante sua vivencia e a interação com a navegação diária, essas crianças já tem contato desde muito cedo com as novas tecnologias, isto é, “[...] o mundo dos sites, blogs, links e emotions; um mundo onde vínculos de afetividade e interação não mais dependem exclusivamente da presencialidade  ” (2010, p. 75).
É notável a necessidade de construir novo rumo para a educação, que inclua as novas tecnologias como instrumento fortalecendo o ensino-aprendizagem. Enfim, existe também uma contradição, e uma questão que problematiza isso, “[...] nada adianta uma escola bem equipada se os profissionais não manipulam satisfatoriamente todos estes equipamentos [...]” (2010, p. 75). Com relação à formação de professores, cabe ressaltar que, destaca ela como elemento principal, seja ela inicial ou continuada, é necessário uma formação que valoriza a reflexão sobre a prática pedagógica.
Para tanto, essa pesquisa reafirma o que as vantagens das novas tecnologias na educação e a necessidade de um ambiente educativo que favoreça isso:
“Nesse momento, a tecnologia pode ser uma aliada na solução de alguns problemas, por proporcionar experiências como: acesso de uma variedade de informações, exigência da escrita de leitura como forma de comunicação – o que coloca os estudantes em constante necessidade de fazer uso destas duas ferramentas [...]”(2010, p. 76).

Segundo as autoras do artigo publicado no livro Leitura na Tela: da mesmice à inovação, essa pesquisa começou a ser avaliada e pesquisada por meio de uma experiência vivida nas escolas municipais de educação da Prefeitura de Anápolis, bem como nos curso do Centro de Formação dos Profissionais de Educação, Ciência e Tecnologia de Anápolis (Cefope), fundamenta nos estudos, leituras, discussões e experiência vivenciadas nas reuniões de pesquisa Leitura em Tela, da UEG. Nessa pesquisa foi necessário fundamentar em alguns teóricos da educação, para uma formação e práticas do professores. Nesses encontros com os profissionais da educação, foi em ambiente extremamente rico.













Fichamento - Leitura na tela: da mesmice à inovação - Mirza Seabra Toschi





ANDERI, E. G. C.; SILVA, E. F. da. A internet aliada no ensino da leitura. In:TOSCHI, Mirza Seabra et al (orgs.). Leitura na tela: da mesmice à inovação. Goiânia: Associação Brasileira das Editoras Universitárias, 2010, p. 37-52.

Com o surgimento das novas tecnologias da informação e comunicação, esse excesso de informação exige uma nova postura do corpo docente, mudança e olhar diferente sobre a sociedade atual. Segundo ANDERI e SILVA exigem uma maior exigência do cidadão, ”[...] uma contínua atualização dos conhecimentos dos cidadãos.” (ANDERI; SILVA, 2010, p.37), assim afirmando também que: “Estar informado implica, particularmente, o domínio dessas tecnologias, o que, por sua vez, implica em fazer uso da leitura.” (ANDERI; SILVA, 2010, p.37).
Segundo as autoras do texto, ter contato com a informação, saber lidar com esses instrumentos digitais, não significa que o usuário saiba utilizar de forma adequada às novas tecnologias, quer dizer: “[...] posicionar-se criticamente diante da informação, pois isto exige, além do domínio da tecnologia da leitura e da escrita, a produção de sentido e a construção de conhecimento.” (ANDERI; SILVA, 2010, p.37). Saber selecionar a informação, a contradição com a realidade, assim possibilitar a produção de sentidos e consolidar o conhecimento.
A alfabetização segundo ANDERI e SILVA, ganha deferentes contornos, em função do desenvolvimento tecnológico, a comunicação e novas linguagens sofreram mudança durante os momentos históricos, assim afirma: “Ao inventar a escrita o ser humano permitiu-se não contar somente com a tradição oral; podia, então, armazenar suas histórias, seus conhecimentos, suas regras, fazendo uso da escrita.” (ANDERI; SILVA, 2010, p.38). Segundo ANDERI e SILVA, a prática de leitura e escrita passou por diversos processos de fixação em vários momentos da história, o que promoveu a facilitação dessa atividade:
“[...] os processos de fixação da escrita se transformassem ao longo do tempo, caminhando na direção de facilitação dessa atividade, saindo de uma tabuleta de argila, para o papiro, para os rolos de pergaminhos, para o livro, o disquete, os CD e o pen drive. O ato de ler ganha conforto físico e com isto amplia as possibilidades de leitura.” (ANDERI; SILVA, 2010, p.38).
Antigamente segundo ANDERI e SILVA, quando o ato de ler era praticado em uma espécie de rolo, a leitura era feita em voz alta, pois na maioria das vezes não era ato privado, assim ressaltando que, “[...] não permitia que o leitor escrevesse ao mesmo tempo em que lia, impossibilitando a realização desses dois atos (ler e escrever), ou seja, de transcrever [...]” (ANDERI; SILVA, 2010, p.38). Segundo as autoras do texto, nesse tempo a leitura era bastante rigorosa, exigia concentração para não se perder entre as palavras, mas em um determinado momento da história, a partir do século II d.C., passou  a existir uma tecnologia. O “[...] surgimento do códex, livro com páginas, que veio para substituir o livro de rolo [...] surgem novas práticas de leitura [...]” (ANDERI; SILVA, 2010, p.38). Assim possibilitava praticar a leitura silenciosa e o leitor ter uma relação íntima com o texto, ele já podia virar à página do livro. Para Manguel, ele afirma que:
“O lugar de leitura é importante não só porque proporciona um cenário físico para o texto que está sendo lido, mas também porque sugere, ao se justapor ao lugar na página, que tentam o leitor com o desafio de elucidação” (1997 apud ANDERI; SILVA, p.39)
Para ANDERI e SILVA, “Ler é condição básica de existência no mundo atual e, com o advento das TICs, torna-se indispensável ler bem, rápido e de forma crítica.” (ANDERI; SILVA, 2010, p.39). Segundo as autoras desse texto, existe diferença ente ler um texto impresso indicado pelo professor, e outra coisa é ler um texto virtual selecionado pelo aluno, isto é, ler em frente ao computador é considerado a não-linearidade que “[...] permite o indivíduo recortar o texto, “navegando” em qualquer sentido: não há certo ou errado, são opções feitas pelo navegador.” (ANDERI; SILVA, 2010, p.40). Segundo Magda Soares ela afirma que:
[...] a tela, como novo espaço de escrita, traz significativas mudanças nas formas de interação entre escritor e leitor, entre escritor e texto, entre leitor e texto e até mesmo, mais amplamente, entre o ser humano e o conhecimento. Embora os estudos e pesquisas sobre os processos cognitivos envolvidos na escrita e na leitura de hipertextos sejam ainda poucos [...] a hipótese é de que essas mudanças tenham consequências sociais, cognitivas e discursivas, e estejam, assim, configurado um letramento digital, isto é, um certo estado ou condição que adquirem os que se apropriam da nova tecnologia digital e exercem práticas de leitura e escrita na tela, diferente do estado ou condição – do letramento – dos que exercem práticas de leitura e de escrita no papel. Para alguns autores, o processos cognitivos inerentes e esse letramento digital reaproximam o ser humano de seus esquemas mentais(2002 apud ANDERI; SILVA, p.40).
O letramento digital, isto é, prática de leitura e escrita na tela, faz uso e se apropria das novas tecnologias digitais. Segundo ANDERI e SILVA, ler é estabelecer conexões, assim afirma que:
“A formação de leitores críticos exige que tanto as crianças quanto os adolescentes convivam diariamente com diversos suportes de texto, tais como retroprojetor, projetor de slides mural, cartaz, poster, fita de áudio, fotografia, livro impresso e outros, até os suportes e tecnologias mais recentes, como o projetor de multimídia, a fita de vídeo, o CD-ROM, o CD de áudio, o DVD e a internet.” (ANDERI; SILVA, 2010, p.41)
Para ANDERI e SILVA, é fundamental formar leitores capazes de compreender a realidade que está ao seu redor, mas o grande desafio da escola é preparar um individuo que saiba ler, escrever e ser crítico, e está ressaltando também que boas partes das escolas não têm conseguido realizar isso de forma satisfatória, pois apresenta essa deficiência nos resultados de exames nacionais e internacionais (PISA, Saeb, Enem dentre outras).
Segundo ANDERI e SILVA, não é suficiente apenas trazer bons textos e diversos gêneros textuais para a sala de aula, mas prepara o aluno para recebê-las: “[...] fazer circular os textos em sua diversidade na escola; é preciso também aparelhar os estudantes para sua recepção.” (ANDERI; SILVA, 2010, p.41). Assim o professor deve explicar as diversas estratégias de composição textual (textos informativos, opinativos, didáticos, literários entre outros.). Existem diversas estratégias que auxilia o professor em sua prática educacional:
“Considerando-se, assim, que ler é mais que um simples ato mecânico de decifração de signos gráficos, é, antes de tudo, um ato de raciocínio no sentido da construção de uma interpretação, de tal forma que se possam detectar as possíveis incompreensões produzidas durante a leitura.” (ANDERI; SILVA, 2010, p.41).
Na sociedade contemporânea ou sociedade moderna, faz uso das novas tecnologias, que proporciona a leitura e escrita, utilizando instrumentos digitais, todos os indivíduos da sociedade têm acesso à informação, a prática de leitura e escrita se tornou um direito de todos. Segundo ANDERI e SILVA, as TIC traz novas formas de leitura e de leitor, “Os leitores-navegadores ou os jovens internautas se apropriam do mundo escrito por meio de um novo tipo de suporte, o eletrônico.” (ANDERI; SILVA, 2010, p.42).
Para as autoras desse texto, a leitura na tela, proporciona o leitor participar e interagi-se com o texto, “[...] o autor reinventa a narrativa e, por meio da interatividade, o leitor faz a opção do caminho que vai seguir, ou seja, participa da invenção da narrativa.” (ANDERI; SILVA, 2010, p. 42). Esse novo suporte de texto em ambiente diferente, modificar o comportamento do leitor, consequentemente gera novas práticas de leitura.
“Os recursos das tecnologias da comunicação e informação acabaram por trazer para a escola mais estes desafios: por um lado, integrá-las numa vertente pedagógica, contribuindo para a sua democratização, uma vez que oferecem potencialidades à educação e formação, e, por outro lado, desenvolver uma reflexão sobre as suas vantagens e os seus limites, numa tentativa de ter bem claro o que se refere ao desempenho da técnica e o que se refere à capacidade humana e social de comunicação [...]” (ANDERI; SILVA, 2010, p. 42).

Para ANDERI e SILVA, elas ressaltam que, existem diversos tipos de leitores, “[...] o contemplativo, que surgiu a partir do aparecimento da leitura silenciosa. [...]”. (ANDERI; SILVA, 2010, p. 43), existe também o leitor movente:
“[...]o leitor movente, que é aquele que nasce no momento da expansão capitalista, do crescimento dos centros urbanos, do aparecimento da publicidade, onde as coisas acontecem com muita velocidade e superficialismo. O leitor que surge neste período é um leitor fugaz, de memória curta, que necessita de aparelhos externos para ajudá-lo a memorizar.” (ANDERI; SILVA, 2010, p. 43).
E recentemente descobriu a existência do leitor imersivo, esse leitor surgiu na era digital, é esse leitor que sabe lidar com a avalanche de mensagens virtuais e preza a velocidade no texto abaixo afirma que:
“O leitor o imersivo, o mais recente, que surge na era digital, é o que lida com uma avalanche de mensagem virtual que preza a velocidade. Opta por textos mais rápidos e curtos, o conto, por exemplo. Lida, simultaneamente, com uma variedade de linguagens. Em função das características do suporte virtual se tornar a informação, qualquer tipo de signo pode ser recebido, estocado, tratado e difundido pelo computador, e o leitor pode acessá-lo por um leve toque do mouse. O perfil desse leitor é diferente dos dois outros, pois envolve transformações sensoriais, perceptivas e cognitivas.” (ANDERI; SILVA, 2010, p. 43).
Geralmente as escolas brasileiras, segundo ANDERI e SILVA, cuja base do trabalho é a escrita em papel, adotam uma realidade diferente de seus alunos, isto deve ser modificado, é necessário levar os professores as refletirem e a debater, aliás, ressalta no texto que “[...] jovens que estão atualmente na Educação Básica demonstram possuir grande potencial de compreensão de nova linguagem que se apresenta na rede, que é a hipermídia.” (ANDERI; SILVA, 2010, p. 44).
Sabe-se que a internet é um recurso que contem diversas informações, assim afirma “A internet é reconhecida como um “repositório inesgotável” de toda espécie e qualidade de informação [...]” (ANDERI; SILVA, 2010, p. 44). É fundamental e necessário saber selecionar as informações confiáveis.
O indivíduo que está praticando a leitura e escrita ele já faz sua interpretação conforme o conhecimento prévio, assim conclui as autoras:
“A leitura adquire significação diferente para os sujeitos pertencentes a diferentes classes sociais. Para aqueles que pertencem a uma classe economicamente desfavorecida, a leitura pode constituir fatores de inclusão social, ao passo que, para os que pertencem à classe privilegiada, é uma alternativa de expressão, de comunicação, nunca um exigência “do” e “para” o mundo do trabalho.” (ANDERI; SILVA , 2010, p. 45).
Segundo ANDERI e SILVA, as mídias não podem substituir o papel exercido pelo professor, mas pode modificar a forma pela qual se vêem o mundo.  As novas gerações estão vivendo em uma cultura, que é conhecida como a cultura da imagem, o trecho abaixo afirma que:
 “Como a cultura da imagem é uma característica bem mais forte das novas gerações, ela deve ser explorada pedagogicamente na escola, pois a notícias, as novidades do planeta, estão expostas a todo o momento pela televisão e, ainda em número reduzido, porém com crescimento vertiginoso, pela internet. Mas, muitas vezes, a instituição educacional faz uso inadequado dessas ferramentas com potencialidade educativas.” (ANDERI; SILVA, 2010, p. 45)
Segundo ANDERI e SILVA, é fundamental e precisa de uma vigilância cuidadosa para trabalhas com as TICs, sem cair no mesmo erro, achando que simplesmente fazer uso dos equipamentos já faz a diferença pedagógica. Afirma que a ação pedagógica não deve se resumir a uma apresentação linear e sequencial dos conteúdos. Mas ver a necessidade de preparar o professor para lidar com esses recursos, para saber trabalhar com esses instrumentos. “Deve, de alguma forma, se assumir como produtor de conhecimento e pressionar por tempo e espaço para o aperfeiçoamento do conhecimento nessa área.” (ANDERI; SILVA, 2010, p. 47).
O professor pode utilizar a internet como um instrumento de ensino, ressalta ANDERI e SILVA:

“Para o professor venha usar a internet como um instrumento pedagógico para o ensino da leitura, é necessário saber como se faz a leitura nas telas dos computadores, ou seja, precisa adquirir, além da alfabetização digital, a fluência tecnológica educativa.” (ANDERI; SILVA, 2010, p. 47).











Fichamento: Letramento: Um tema em três gêneros - Magda Soares





SOARES, Magda. Letramento: Um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2002, p. 9-36.

Segundo Magda Soares, o termo letramento é uma palavra recém-chegada, mas durante diversos momentos históricos ela foi escrita em diversos livros, esse livro que tentam explicar o seu significado, ressalta que, ao decorrer dos anos palavras adotam um novo sentido, e assim leva pensadores e estudiosos tentarem explicarem tais conceitos.
Segundo Magda Soares ela afirma: “Letramento é palavra recém-chegada ao vocabulário da Educação e das Ciências Linguística” (SOARES, 2002, p.15). Ressaltando que, embora essa palavra já existisse, ela tinha um outro sentido, afirma Magda Soares, que palavras “[...] ou velhas palavras dá-se um novo sentido.” (SOARES, 2002, p.16). Segunda a autora, estudiosos e pesquisadores do campo das Ciências Linguísticas tentam encontra um significado mais amplo, para estabelecer um sentido à palavra.
Para Magda Soares, a palavra letramento, despertou a curiosidade de estudiosos e pesquisadores do campo das Ciências Linguísticas “Na segunda metade dos anos 80, há cerca de apenas dez anos, portanto, que ela surge no discurso dos especialistas dessas áreas” (SOARES, 2002, p.15). Segundo Soares, a palavra letramento, apareceu pela primeira vez em uma obra da autora Mary Kato, de 1986 no livro No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística, Editora Ática. Nesse livro, autora Magda Soares deixa bem claro, que a palavra pode ser apresentar para dar sentido a um sujeito que a língua falada é culta.
Segundo Magda Soares, depois de dois anos mais tarde, a palavra letramento reaparece em outro livro de 1988, Adultos não alfabetizados: o avesso do avesso, Editora Pontes, da autora Leda Verdiani Tfouni; nesse livro, a autora separa alfabetização de letramento, então foi nesse momento que a palavras letramento ganha uma atenção e se torna cada vez mais frequente no discurso escrito e falado de especialistas, eles tentam explica-la de forma mais completa e significativa, mais tarde, surgiu outro livro organizado por Ângela Kleiman, Os significado do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita.
Assim afirma Magda Soares, a primeira vez que apareceu a palavra letramento no dicionário da Língua Portuguesa, foi há mais de um século, no Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, de Caldas Aulete em sua terceira edição brasileira, é de 1974. Neste dicionário a palavra letramento é definida como:
“[...] caracteriza a palavra como “ant.”, isto é, “antiga, antiquada”, e lhe atribui o significado de “escrita”; o verbete remete ainda para o verbo “letrar” a que, como transitivo direto, atribui a acepção de “investigar, soletrando” e, como pronominal “letra-se”, a acepção de “adquirir letras ou conhecimento literários” – significados bem distantes daquele que hoje se atribui a letramento [...]” (SOARES, 2002, p.17).
A etimologia da palavra letramento, segundo o livro Letramento: Em tema em três gêneros da autora Magda Soares, é uma palavra inglesa literacy que etimologicamente, a palavra literacy vem do latim littera (letra). Quando com o sufixo –cy, que denomina quantidade, condição, estado, fato de ser.
Para Magda Soares, o termo alfabetizado, é aquele que adquire a “tecnologia” do ler e escreve, ou mesmo envolve pratica sociais de leitura e de escrita, isto tem consequência sobre o sujeito, assim afirma, que o indivíduo alfabetizado “[...] altera seu estado ou condição em aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos, cognitivos, linguístico e até mesmo econômico [...]” (SOARES, 2002, p.18), ou seja, Magda Soares refere-se o “estado” ou a “condição” que o grupo social passam a ter, devido o impacto dessas mudanças.
Segundo Magda Soares, a palavra letramento é um resultado de uma ação, o indivíduo transforma-se e modifica-se, é o que designado por literacy. “Letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar ou aprender a ler e escrever: o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo com consequência de ter-se apropriado da escrita.” (SOARES, 2002, p.18). Assim afirma a autora Magda Soares, em seu livro Letramento: um tema em três gêneros: “Como foi dito inicialmente, novas palavras são criadas, ou velhas palavras dá-se um novo sentidos, quando emergem novos fatos, novas ideias, novas maneiras de compreender os fenômenos” (SOARES, 2002, p.19).
A sociedade no geral passa por mudanças, uma nova postura e valores estão sendo adotados devidos essa nova Era Digital ou conhecida também como Terceira Revolução indústria. Para essa autora, o letramento surgiu devido uma necessidade maior, hoje nos dias atuais, “[...] não basta saber ler e escrever, saber responder às exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz continuamente [...]” (SOARES, 2002, p.20). Isto é, os indivíduos passam por diversas mudanças e transformações durante vários momentos históricos.
Para Magda Soares, houve uma exigência e a necessidade de classificar o letramento em níveis, “[...] avaliação do nível de letramento, e não apenas a avaliação da presença ou ausência da “tecnologia” do ler e escrever.” (SOARES, 2002, p.21-22). Isto é, o sujeito não adquirir apenas a tecnologia de ler e escrever, mas fazer uso dela em seu cotidiano, na relação com a vida social.
Segundo essa autora, nos anos 80, no Estados Unidos foi feita uma pesquisa que buscava avaliar os níveis de letramento ente jovens da faixa etária 21 a 25 anos. O primeiro nível é a habilidades de ler, compreender e utilizar texto em prosa, assim foi realizado os testes, o sujeito deveria ser capaz de extrair informação de mapas, tabelas, quadro de horários, etc., o objetivo dessa pesquisa, era identificar se o indivíduo sabia fazer uso de diversos materiais escritos, compreende-los, interpretá-los extrair informação e transformar em conhecimento.
Para a Magda Soares, letramento envolve, “[...] prática de leitura e escrita no passado (em diferentes épocas, em diferentes regiões, em diferentes grupos sociais) são pesquisa sobre letramento.” (SOARES, 2002, p.24). Assim Magda Soares deixa bem claro, que existem pessoas que são marginaliza pela sociedade, simplesmente porque não são alfabetizadas e são consideradas analfabetas, mas não leva em conta que ela vive em um mundo cheio de letras e palavras formam frases, pode ser considerada letrada porque segundo Magda Soares ela afirma que: “[...] penetrou no mundo do letramento, já é, de certa forma, letrada.” (SOARES, 2002, p.24).
Segundo Magda Soares, conhecemos as palavras letrado e iletrado; uma pessoa letrada é “[...] pessoa erudita, versada em letras (letras significa literatura, línguas)” (SOARES, 2002, p.32), já uma pessoa iletrada é aquela que “[...] não tem conhecimentos literários, que não é erudita; analfabeta, ou quase analfabeta.” (SOARES, 2002, p.32). Segundo Magda Soares, o termo letramento ainda não está no dicionário, aliás, foi introduzida muito recentemente na língua portuguesa. Assim afirma: “[...] tanto que quase podemos datar com precisão sua entrada na nossa língua, identificar quando e onde essa palavra foi usada pela primeira vez.” (SOARES, 2002, p.32).

Segundo o livro, Letramento: Em tema em três gêneros, da autora Magda Soares, na língua inglesa, a palavra Literate é conceituada como: LITERATE: educated, especially able to read and write. Que segundo a autora, a tradução é: “educado, especificamente, que tem a habilidade de ler e escrever.” (SOARES, 2002, p.36).