CARNIELLO,
L. B. C.; ANDERI, E. G. C. da. Uma experiência de formação de professores no
uso do computador e da internet. In:TOSCHI, Mirza Seabra et al (orgs.). Leitura na tela: da mesmice à inovação. Goiânia: Associação Brasileira das
Editoras Universitárias, 2010, p. 73-82
Para essas autoras,
é importante se preocupar com a formação de professores em relação ao uso do
computador e da internet, no mesmo texto, aborda questão sobre as novas
tecnologias e a inclusão digital, leva a refletir sobre a chegada das novas
tecnologias no ambiente escolar, por sua vez, a necessidade de preparar o corpo
docente para trabalhar com essas tecnologias, e o perfil do sujeito aluno que
estar cada vez mais conectados.
Para as autoras, as
novas tecnologias são considerada “Já não mais uma questão de simplesmente
aceitá-las ou não, pois, dependendo da escolha para esta questão, podemos estar
nos auto-excluindo de um mundo cada vez mais conectados”. (2010, p. 73).
No nosso cotidiano,
percebemos a alta velocidade de atualização e informação no meio digital, esse
mundo que está sofrendo modificação e transformação a cada momento, depende de
alguns minutos para tudo se incorporar à nova realidade. As crianças e jovens,
os denominados como Nativos Digitais:
“Os
Nativos Digitais comunicam-se com várias pessoas ao mesmo tempo e sobre vários
assuntos, além de executarem simultaneamente muitas outras tarefas, como baixar
um vídeo da internet, ouvir música e
atualizar seu perfil em rede social enquanto enviam um e-mail a amigos que estão em diferentes partes do mundo.” (2010, p. 74).
É importante
entender, que para as crianças e jovens esse fenômeno de adquirir informação o
tempo todo está sendo muito natural, eles já sabem lidar com essa alta
velocidade de informação, esse tipo de letramento já possibilita a comunicação
e interação. Assim podemos compreender, que esses Nativos Digitais realizam
simultaneamente diversas tarefas, mas é fundamental entender, esse conjunto de
habilidade e de fenômenos, isto é, a capacidade de localizar, organizar,
compreender, avaliar e analisar informação usando a tecnologia digital.
No entanto, o uso
do computador na escola ainda é um desafio para muitos professores, já que eles
não tiveram uma formação adequada para utilizá-las de maneira que possibilita o
ensino-aprendizagem. Para essas autoras: “O professor deixa de ser o eixo
central, o único possuidor de conhecimento, e passa a ensinar os seus alunos o
processo de aprendizagem na rede [...]” (2010, p. 74). Em função disso, o
professor deverá adotar um novo perfil, deixando de ser um mero reprodutor,
para tornar-se um mediador, ministrar aulas em diversos ambientes escolares, e
despertar no aluno a contradição, ou seja, a visão critica para analisar uma
informação.
Diante disso, o
processo de filtragem da informação é mediada pelo professor, nesse capítulo as
autoras, ressaltam que: “[...] recebe informação, filtra-las e absorvê-las,
para então construir satisfatoriamente conhecimento aplicáveis no cotidiano
escolar e na própria formação do indivíduo.” (2010, p. 74). Em virtude desta
necessidade, é fundamental uma formação continuada para os professores, para
refletir sobre sua prática além de propiciar subsídios para articular, de
maneira significativa e favoreça o ensino-aprendizagem.
Estamos vivendo em
duas realidades, a primeira realidade é que nossas crianças e jovens vivem
conectados a internet o dia todo, vivendo nesse mundo digital e circulando
diversas páginas e aplicativos fascinantes de ações simultâneas. Agora partindo
para outra realidade, quando esses alunos chegam à escola percebe-se um
distanciamento da sua outra realidade, a maioria das vezes, as cadeiras são
enfileiradas, um quadro, um professor, pedaço de giz e em alguns caso em
laboratório de informática, mas apresenta algumas limitações falta de internet,
falta de pessoas com formação necessária para lidar com as novas tecnologias da
comunicação e informação.
É preciso tomar
medida em relação a essa questão, para que o conhecimento tecnológico seja
difundido nas escolas publicas do Brasil. O ideal é que essa articulação passa
assim: “[...] deixando de ser privilégio de poucos e passando a fluir com
naturalidade em todo ambiente escolar [...]” (2010, p. 74). É importante e
necessário a construção de ambiente multimeios para haver diversificação das
aulas, uma equipe gestora com uma visão tecnológica e especialmente os
funcionários da escola, os professores deve estar capacitados e preparados para
trabalhar com as mídias.
A escola é uma
educação formal, mas existe também fora da escola a educação informal e não
formal, Assim pode ser concluído que “[...] a realidade de nossos alunos não
possuem a escola como única fonte de informação há muito tempo.” (2010, p. 75).
Na Era Digital, grande parte dos alunos chegam a escola com uma vasta bagagem
que foi construída durante sua vivencia e a interação com a navegação diária,
essas crianças já tem contato desde muito cedo com as novas tecnologias, isto
é, “[...] o mundo dos sites, blogs, links e emotions; um mundo onde vínculos de
afetividade e interação não mais dependem exclusivamente da presencialidade ” (2010, p. 75).
É notável a
necessidade de construir novo rumo para a educação, que inclua as novas
tecnologias como instrumento fortalecendo o ensino-aprendizagem. Enfim, existe
também uma contradição, e uma questão que problematiza isso, “[...] nada adianta
uma escola bem equipada se os profissionais não manipulam satisfatoriamente
todos estes equipamentos [...]” (2010, p. 75). Com relação à formação de
professores, cabe ressaltar que, destaca ela como elemento principal, seja ela
inicial ou continuada, é necessário uma formação que valoriza a reflexão sobre
a prática pedagógica.
Para tanto, essa
pesquisa reafirma o que as vantagens das novas tecnologias na educação e a
necessidade de um ambiente educativo que favoreça isso:
“Nesse
momento, a tecnologia pode ser uma aliada na solução de alguns problemas, por
proporcionar experiências como: acesso de uma variedade de informações,
exigência da escrita de leitura como forma de comunicação – o que coloca os
estudantes em constante necessidade de fazer uso destas duas ferramentas [...]”(2010, p. 76).
Segundo as autoras
do artigo publicado no livro Leitura na Tela: da mesmice à inovação, essa
pesquisa começou a ser avaliada e pesquisada por meio de uma experiência vivida
nas escolas municipais de educação da Prefeitura de Anápolis, bem como nos
curso do Centro de Formação dos Profissionais de Educação, Ciência e Tecnologia
de Anápolis (Cefope), fundamenta nos estudos, leituras, discussões e
experiência vivenciadas nas reuniões de pesquisa Leitura em Tela, da UEG. Nessa
pesquisa foi necessário fundamentar em alguns teóricos da educação, para uma
formação e práticas do professores. Nesses encontros com os profissionais da
educação, foi em ambiente extremamente rico.
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